Tacando fogo
Caminho sobre cacos de vidro
Como se fossem plumas
De pombas mortas
Não há mais dor
Nem passado, nem futuro
Observo
A ingratidão do tempo
Estou ainda mais cansada
E forte
Convicta
Curada
Ressurjo
Como há um ano
Só me restaram déjà-vus
E sonhos
Sobre pressentimentos
Que foram óbvios demais
Só aceito tacar fogo
Em antigos eus
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