Quando eu fazia algo que desagradava a professora ou meus pais, a minha punição ou processo educativo consistia em escrever uma quantidade “x” de uma mesma frase, geralmente, na forma negativa.
Por exemplo, escrever duzentas vezes a frase: “Não empurrar o coleguinha”.
O que esse processo educativo esqueceu de levar em consideração foi a quantidade de vezes que ouvi comentários, como: “Cabelo de fogo!”, “Matuta”, “Paraíba masculina, mulher macho, sim, senhor” dos meus coleguinhas.
A eles não lhe cabe um processo educativo, também?
Hoje, escrevi seis vezes a frase “me odeio” nas seis primeiras linhas do meu caderno escolar.
Recife, 15 de outubro de 2022.
Feliz dia do professor